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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Será que a ONU traiu seus ideais?




Uma das características marcantes da ONU é um notório anti-semitismo.

Em 1994, o regime racista hutu matou meio milhão de tutsis em Ruanda, apenas porque eles eram tutsis. A arma preferida nos massacres foi o facão; os assassinos cortavam a jugular de homens, mulheres e crianças e deixavam que se esvaíssem em sangue. Naquele tempo, havia tropas da ONU no país. Seu comandante, general Roméo Dallaire, implorou à sede da organização em Nova Iorque que lhe enviasse mais soldados capacetes azuis. Seu pedido de reforços não foi atendido. Pelo contrário, ele recebeu ordens expressas para abandonar as vítimas. Finalmente, a ONU retirou todas as suas tropas de Ruanda.

Um ano mais tarde, o espetáculo sangrento se repetiu na Europa, se bem que em menores proporções. Os capacetes azuis da ONU permitiram que combatentes sérvios entrassem na cidade bósnia de Srebrenica. Rapidamente foram mortos em torno de 7.000 muçulmanos bósnios. Enquanto isso, o general responsável pelas forças da ONU ficou bebendo com o comandante sérvio. Conta-se que os soldados da ONU até mostraram aos sérvios como poderiam chegar aos bósnios. Mais tarde, as valas comuns onde foram enterradas as vítimas apareciam claramente em fotos de satélites.

Diversos outros crimes menores foram cometidos ou ao menos apoiados pela ONU. Em maio de 2000, quando as tropas israelenses saíram do Sul do Líbano, elas não foram substituídas pelo exército libanês, mas pela milícia islâmica radical do Hezbollah (Partido de Alá). Esses terroristas ultrapassaram a fronteira e seqüestraram quatro soldados israelenses. Há provas concretas de que a operação contou com a ajuda de soldados da ONU. Não se tem qualquer notícia dos quatro reféns.

É espantoso que a ONU continue gozando de alto prestígio. Certamente foram ideais nobres que levaram à sua criação, mas o mesmo se deu com a Máfia. Como ela, também a ONU é uma "honorável sociedade": dos seus 189 países-membros, 4/5 têm governos não-democráticos ou que não respeitam os direitos humanos.

A maravilhosa e admirável Síria, por exemplo, faz parte do Conselho de Segurança! Há mais de meio século a Síria é dominada pelo partido Baath, cujo co-fundador, Sami al-Yundi, escreveu: "Éramos racistas, admirávamos o nazismo, líamos seus livros e buscávamos as fontes das suas idéias, principalmente Nietzsche... Fomos os primeiros a pensar em traduzir ‘Mein Kampf’." Mais alguma pergunta?


"...converterão as suas espadas em relhas de arados". Em sua arrogância, a ONU pretende realizar aquilo que está reservado a Deus.

Uma das características marcantes da ONU é um notório anti-semitismo. Se algum marciano quisesse formar uma opinião sobre a Terra através da leitura das resoluções da ONU, suas conclusões seriam inevitáveis: (1) Existe um enorme país, chamado Israel, que se dedica principalmente à tortura e ao massacre de inocentes. (2) A ONU é uma organização cuja principal função é promover o julgamento do Estado judeu. Alguns números que comprovam essa realidade: de março a junho de 2001, Israel foi condenado cinco vezes pela ONU. No mesmo período, a República Popular da China executou 1.781 pessoas, e não foi condenada nenhuma vez. Quando os soldados israelenses entraram em Jenin em 2002 (e não promoveram um massacre, o que até a ONU teve de admitir com relutância), eles descobriram que os terroristas do Hamas tinham transformado o campo de refugiados local em depósito de armas e laboratório de explosivos. Isso aconteceu com a concordância da ONU ou, ao menos, sob sua permissão, pois ela detinha o controle de Jenin.

Em janeiro, a Líbia do tirano Muammar al-Khadaffi foi eleita para presidir a Comissão de Direitos Humanos da ONU. Se alguém acha que se trata de um escândalo, na verdade não entendeu nada. Usando a definição de Hegel, essa escolha é apenas a "verdade" da ONU: ela revelou seu caráter, o de uma "honorável sociedade". (Die Welt)

"...converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra" (Mq 4.3b).

Esse texto bíblico consta de um monumento diante do edifício-sede da ONU em Nova Iorque. Trata-se de uma doação feita pela União Soviética ateísta em 1959. Realmente, é impressionante saber quem cita a Palavra de Deus – mesmo que seja para expressar o anseio justificado da humanidade por paz mundial.

Quando, porém, lemos essa promessa bíblica no seu contexto, fica clara a profunda arrogância com que ela foi citada: a ONU pretende realizar aquilo que está reservado a Deus. No início do capítulo, lemos quando ocorrerá o cumprimento: "Mas, nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimo dos montes... e para ele afluirão os povos... Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas..." (Mq 4.1-2). Então Deus "julgará entre muitos povos e corrigirá nações poderosas e longínquas..." (v. 3a).

No entanto, com relação ao julgamento das nações pelo seu comportamento em relação ao povo de Deus e à terra de Israel, lemos o oposto do que diz o versículo citado pela ONU: "Forjai espadas das vossas relhas de arado e lanças, das vossas podadeiras; diga o fraco: Eu sou forte" (Jl 3.10). Somente depois que as nações forem corrigidas por Deus, elas converterão suas espadas em relhas de arados e suas lanças em podadeiras e não aprenderão mais a guerra! Isso ocorrerá no Milênio.

Wolf Klaiber
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